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terça-feira, 23 de agosto de 2011

The Legendo of Zelda: Ocarina of time 3D


Lançado originalmente em 1998, The Legend of Zelda: Ocarina of Time foi o marco de várias gerações de jogadores e consoles, servindo de referência e estabelecendo novos padrões de jogabilidade e de como se contar uma história ao longo do caminho. Mais do que “o melhor jogo doNintendo 64“, é considerado por muitos o melhor jogo de todos os tempos. 
A maior história já jogada 
A obra-prima da Nintendo é, do ponto de vista da controversa cronologia da série, o primeiro da série, mostrando as origens do reino de Hyrule e do mal do vilão Ganondorf. No coração da Floresta Kokiri, o jovem Link sempre pareceu deslocado, pois não havia ganhado uma fada-companheira, como o resto dos Kokiris. Mal ele sabia que, mesmo ganhando uma, ela seria sua guia em uma épica jornada através do espaço e do tempo para salvar o mundo. 
Mas ele não está sozinho. No caminho conhece personagens mágicos e de bom coração que também temem a ameaça de Ganondorf. A principal (obviamente) é a Princesa Zelda, que guia o Herói do Tempo, às vezes escondida, outras vezes disfarçada. Ocarina of Time passa constantemente a sensação de que, embora você só controle Link o tempo todo, há toda uma população lhe apoiando. 
The Legend of Zelda: Ocarina of Time 3D (Foto: Divulgação)
Uma espada na mão, um capuz na cabeça  
Quem já jogou algum dos títulos 2D da série, principalmente A Link to the Past, do SNES, ouLink’s Awakening DX, do Game Boy Color (atualmente disponível na eShop do 3DS) vai perceber que, mesmo após a transição para o 3D com Ocarina of Time, estes jogos mantém a mesma fórmula de conhecer diferentes ambientes e personagens, reunião de itens mirabolantes e exploração de dungeons – grandes labirintos temáticos cheios de salas com quebra-cabeças, armadilhas e inimigos, que testam a atenção e a habilidade do jogador, com um sub-chefe e um chefe ao final. 
A grande novidade na exploração e interação do jogo, além das inúmeras possibilidades que a terceira dimensão oferece, é o sistema de mira, que permite que um inimigo, aliado ou elemento do cenário seja enquadrado e toda a ação e movimentação do Link gire em torno dele, garantindo uma ação cinematográfica para o título, e uma jogabilidade de “duelo”, que exigia timing na hora de atacar e defender cada inimigo. 
The Legend of Zelda: Ocarina of Time 3D (Foto: Divulgação)
Hey! Listen! 
Com o sistema de mira, veio uma função para Navi, a fada-companheira de Link: ela é uma verdadeira enciclopédia de Hyrule, com informações sobre os diversos inimigos e seus pontos fracos, além de dados sobre as várias regiões do reino, além de servir de secretária, lembrando – muitas vezes irritantemente – do próximo caminho a seguir.
A versátil jogabilidade e um único botão sensível ao contexto permitem empurrar caixas e pedras, subir barrancos, mergulhar, andar à cavalo (uma das experiências mais interessantes em 3D) abrir portas e guardar itens.
Falando em itens, o inventário do jogo não é mais um fardo como na versão original, e se beneficia muito da touchscreen do portátil. Não são mais necessárias inúmeras visitas à tela de pause para ficar administrando seus equipamentos e roupas.  
The Legend of Zelda: Ocarina of Time 3D (Foto: Divulgação)
Os itens que tinham que ser em três espaços nos botões C do N64, agora estão divididos em dois grupos: é possível equipar itens nos botões Y e X do portátil (A é o de contexto e B é de espada), além de dois grandes botões na touchscreen e um somente para a ocarina, o que significa que até cinco itens podem ser carregados simultaneamente e usados instantaneamente. 
Uma importante novidade: o infame Templo da Água não é mais insuportável, agora que as Botas de Ferro se tornaram um item normal, e podem ser calçadas e retiradas com o apertar de um único botão. 
Admirável mundo velho 
Embora o jogo seja basicamente o mesmo – todos os locais, personagens e itens estão lá –, com a mesma mecânica, continuidade e jogabilidade, os gráficos foram totalmente redesenhados pela Nintendo, em parceria com a Grezzo (da série Mana, da Square Enix), criando um mundo detalhado, com cores mais vibrantes e cheio de vida, como oN64 jamais seria capaz de reproduzir. Por outro lado, em nome da nostalgia, alguns pequenos bugs foram mantidos de propósito. 
The Legend of Zelda: Ocarina of Time 3D (Foto: Divulgação)
Texturas com nova resolução, vários novos elementos e a extinção de cenários pré-renderizados. Quem se lembrar do velho Mercado, antes do Castelo de Hyrule, vai se surpreender com os novos detalhes e cores. A câmera ainda está fixa na fonte ao centro, mas tudo em volta mudou, da loja de máscaras (que foi sozinha a inspiração paraMajora’s Mask), passando pelo beco dos fundos e a entrada do Templo do Tempo. 
Ocarina of Time é um jogo vasto, e poderia perder sua grandeza na tela de 400 x 240 pixels do 3DS, mas o efeito 3D dá toda a amplitude que o jogo merece, com profundidade na medida certa para colocar o jogador dentro do game.
Partículas, penas, pedaços de caixas e potes quebrados e fadas flutuam no ar diante dos seus olhos, como a mágica que permeia todo o título. Agora, a visão em primeira pessoa para olhar em volta ou mirar com um item ganha o recurso do giroscópio do portátil, permitindo apenas levantar o 3DS e movê-lo à sua volta. 
Música para seus ouvidos 
Ocarina of Time é um jogo baseado em música. As diferentes canções que Link aprende com sua(s) ocarina(s) ao longo do jogo abrem portas, fazem chover, fazem o sol nascer, chamam a fiel égua Epona, identificam a realeza e, principalmente, teletransportam o jogador para todos os cantos de Hyrule, entre outras funções.  Como o esquema de botões mudou, agora é possível manter na tela a “partitura” das músicas da ocarina e tocá-las sem precisar memorizá-las. 
The Legend of Zelda: Ocarina of Time 3D (Foto: Divulgação)

                
Cada área/região do jogo tem sua própria trilha sonora, adequada ao ambiente, mas apenas uma única música ganhou uma orquestra. As demais foram remasterizadas, sim, mas continuam com a sensação de ouvir um tema em .midi de games de gerações passadas. Uma sugestão? Jogue sempre que puder com fones de ouvido, que vão garantir que todos os sons do ambiente sejam percebidos e integrados à trilha. 
O som, inclusive, é outro grande responsável pela fantástica ambientação do jogo. Passos, sons de animais, tochas crepitando e diversos outros ruídos dão vida a este fantástico mundo. 
Infância perdida 
A Link to the Past criou um conceito de dois mundos (ou dimensões) dentro de um único jogo, que retornou em alguns games da série, como Twilight Princess, e aqui é um elemento fundamental para a história: a busca pela famosa Master Sword neste jogo obriga Link a viajar no tempo, sete anos para o futuro. Mais velho, ele descobre que o poder de Ganondorf arrasou o reino de Hyrule e deve usar novos poderes, itens e habilidades para enfrentá-lo. 
Após terminar o jogo, uma nova aventura surge: a Master Quest, versão hardcore do jogo original faz grandes mudanças no layout dos dungeons, movendo paredes e salas inteiras do lugar, trocando a posição de itens e elementos. Além disso, os inimigos agora tiram o dobro do dano e, mais importante que tudo, o jogo inteiro está espelhado – a Floresta Kokiri, por exemplo, agora fica a oeste, e Link até é destro. O jogo também traz um modo especial para enfrentar somente os chefes, independentemente ou por tempo. 
Conclusão 
O lançamento do 3DS deveria ser adiado até The Legend of Zelda: Ocarina of Time 3D ficar pronto, chegando às prateleiras junto com o portátil. Poderia ter evitado boa parte dos problemas que o sistema vem enfrentando. Ele recaptura a magia que conquistou uma legião de fãs no fim da década de 90 e apresenta para as novas gerações um estilo de jogo que não se vê mais, com mecânicas modernas.
Ocarina of Time já ganhou versões para N64, Gamecube e Wii, mas encontrou no 3DS uma nova casa, mais adequada para os padrões de exigência atuais. É um título tão querido, que mesmo com os vários avanços gráficos e na jogabilidade, você vai jogá-lo imaginando que sempre foi assim, mas na verdade está melhor do que nunca. Um épico anacrônico, que se recusa a envelhecer. Mas se envelhecer for necessário, a Master Sword está esperando no Templo do Tempo.
fonte:http://www.techtudo.com.br/review/legend-zelda-ocarina-time-3d/legend-zelda-ocarina-time-3d-volta-do-classico.htm

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